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Janaina Riva diz que Prefeitura não tem condição de assumir sozinha uma intervenção no hospital
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A presidente da Assembleia Legislativa, deputada Janaina Riva (MDB), disse que com a decisão do Governo do Estado em criar um plano de viabilidade para que a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá poderá ajudar a unidade a retornar as atividades.
Segundo ela, a Prefeitura de Cuiabá não teria condições de assumir sozinha uma intervenção no hospital. Para ela, a Capital já sofre com um recurso apertado para a Saúde e assumir os problemas da Santa Casa pioraria a situação.
“Eu acredito que a situação da Prefeitura é um pouco mais complexa, porque assumir a Santa Casa, com o recurso que possui, acabaria deixando deficitário a Saúde básica da Capital. Eu entendo a preocupação do gestor municipal em assumir isso sozinho”, disse ela ao MidiaNews.
A unidade está fechada desde o início de março, com uma dívida de até R$ 118 milhões, segundo informações da própria unidade. Além disso, a Prefeitura cobra quase R$ 40 milhões, repassados para serviços que não teriam sido realizados. A direção da unidade, por sua vez, alegou a falta de repasse por parte da Prefeitura em R$ 3,6 milhões para pagamento de salários e 13º atrasados dos funcionários.
A Prefeitura assumir a Santa Casa, com o recurso que possui, acabaria deixando deficitário a Saúde básica da Capital
Por conta desse imbróglio que manteve a unidade fechada há 40 dias, o Executivo anunciou um o plano de viabilidade a ser apresentado já na próxima semana. O objetivo é a reabertura da instituição.
“A cautela que a Prefeitura está tendo eu também teria. Isso não é fazer defesa do Emanuel. Eu disse também a ele a preocupação que eu tinha com relação à Prefeitura assumir a Santa Casa”, afirmou Janaina.
“Mas agora, nessa ação do Governo, respaldada pelo Ministério da Saúde, a Prefeitura pode continuar com sua contrapartida regular e o restante vem do Ministério e do Governo. Aí, fica tranquilo para reabertura. Mas da forma que estava, a Prefeitura fazendo uma intervenção sem respaldo do Ministério, sem o Governo, seria muito difícil”, completou.